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Aprendendo com o Tarot


Aprendendo com o Tarô

A literatura dedicada ao Tarô consiste, na sua maior parte, de uma interpretação das ilustrações simbólicas das 22 cartas. Muitos autores de livros místicos modelaram suas obras seguindo o plano do Tarô. Seus leitores, no entanto, muitas vezes nem suspeitam disso, uma vez que nem sempre o Tarô é mencionado. Já me referi ao livro do "Filósofo Desconhecido", Saint Martin, Tableau Naturel des Rapports qui existent entre Dieu, l'Homme et l'Univers. "É justamente no Tarô, diz um dos modernos seguidores de Saint Martin, que o Filósofo Desconhecido encontrou o misterioso elo que liga Deus, o Homem e o Universo." O Dogma e ritual da alta magia, de Éliphas Lévi (1853), é escrito também obedecendo ao plano do Tarô. A cada uma das 22 cartas Éliphas Lévi dedicou dois capítulos, um na primeira parte e outro na segunda. Éliphas Lévi refere-se ao Tarô em seus outros livros História da magia, A chave dos grandes mistérios, O grande arcano, e outros. Os comentadores do Tarô sempre se referem à História da magia, de Paul Christian (pseudônimo de Jean Baptiste Pitois, Historie de la Magie, 1870). Esse livro dá uma interpretação astrológica das 56 cartas. Há, além disso, livros de Guaïta com estranhos títulos alegóricos: Au seuil du mystère, Le temple de Satan, e La clef de la magie noire. O primeiro desses livros é uma introdução, o segundo é dedicado às primeiras sete cartas de 1 a 7 (das 22), o terceiro às segundas sete cartas, enquanto o quarto, que deveria ter completado esse comentário pormenorizado do Tarô, não apareceu. As obras de Oswald Wirth, que restaurou as cartas do Tarô e publicou, além disso, vários livros dedicados ao simbolismo hermético e maçônico, oferecem um material interessante para o estudo do Tarô. Em inglês há livros de A. Waite, que oferecem breves comentários sobre o Tarô tal como foi impresso na Inglaterra e fornece uma pequena bibliografia de obras sobre ele. Também se encontra algum material para o estudo do Tarô nos trabalhos de Bourgeat, Decrespe, Pickard e do tradutor inglês da Cabala, Macgregor Mathers. O ocultista francês, "Dr. Papus", tem dois livros especialmente dedicados ao Tarô (Tarot des bohémiens e Tarot divinaitoire). E em seus outros livros, também há numerosas referências e indicações sobre o Tarô, embora elas sejam obscurecidas por uma grande quantidade de fantasia vulgar e de pseudomisticismo. Naturalmente essa lista não inclui toda a literatura relacionada com o Tarô. Deve-se levar em conta também que a bibliografia do Tarô nunca pode ser completa, uma vez que a informação mais valiosa e as chaves para a compreensão do Tarô devem encontrar-se nas obras sobre Alquimia, Astrologia e Misticismo em geral, cujos autores possivelmente nem sequer pensaram no Tarô ou tampouco o mencionaram. Assim, por exemplo, para a compreensão do quadro do homem, como é apresentado pelo Tarô, a Theosophia Practica, de Gichtel século XVII) e sobretudo os desenhos desse livro, oferecem muito material. O livro de Albert Poisson, Théories et Symboles des alchimistes (1891), é útil para a compreensão dos quatro símbolos do Tarô. Há referências ao Tarô, nos livros de H. P. Blavatsky, tanto em A doutrina secreta* como em Isis Unveiled, e há razões para crer que Blavatsky atribuía grande importância ao Tarô. Na publicação teosófica que apareceu durante a vida de Blavatsky (Theosophical Siftings) havia dois artigos anônimos sobre o Tarô, num dos quais se dava muita ênfase ao elemento fálico contido no Tarô.

Mas, falando de modo geral sobre a literatura a respeito do Tarô, o seu conhecimento decepciona, do mesmo modo que o conhecimento da literatura oculta e, especialmente, da teosófica, porque toda essa literatura promete demais em comparação com o que dá. Cada um dos livros citados contém algo interessante sobre o Tarô. Mas, ao lado do material valioso e interessante, há uma grande quantidade de tolices, que é característica de toda a literatura "oculta" em geral, isto é, há, em primeiro lugar, uma pesquisa puramente escolástica do significado da letra; em segundo lugar, conclusões demasiadamente precipitadas, encobrindo com palavras o que o próprio autor não compreendeu. passando por altos problemas difíceis, especulações incompletas, e, finalmente, uma complexidade desnecessária e construções assimétricas. Os livros do "Dr. Papus", que era, no seu tempo. o comentador mais popular do Tarô, são especialmente ricos em tudo isso. No entanto, o próprio Papus diz que toda a complexidade indica a imperfeição de um sistema. Afirma: "A Natureza é muito sintética nas suas manifestações, e a simplicidade se encontra na base de seus fenômenos exteriormente mais complicados". Isso é, sem dúvida, inteiramente correto, mas justamente essa simplicidade é a que falta em todas as explicações do sistema do Tarô. Por essa razão, mesmo um estudo suficientemente cuidadoso de todas essas obras não leva o leitor muito longe na compreensão do sistema e do simbolismo do Tarô, e não dá nenhuma indicação sobre a aplicação prática do Tarô como uma chave da Metafísica ou da Psicologia. Todos os autores que escreveram sobre o Tarô exaltaram esse sistema e o chamaram a Chave Universal, mas não ensinaram como se deve utilizar essa chave. Apresentarei aqui alguns extratos das obras dos autores que tentaram explicar e interpretar o Tarô e sua idéia.

Éliphas Lévi diz, na sua obra mencionada anteriormente, Dogma e Ritual (Transcendental Magic, its Doctrin and Ritual, traduzida, anotada e com uma introdução por Arthur Edward Waite, Londres, 1923, págs. 462,479,480): "A chave universal das obras mágicas é a de todos os antigos dogmas religiosos, a chave da Cabala e da Bíblia, a Pequena Chave de Salomão. Agora, essa pequena chave, tida como perdida por séculos, foi recuperada por nós, e pudemos abrir os sepulcros do mundo antigo para fazer falar os mortos, contemplar os monumentos do passado em todo seu esplendor, compreender os enigmas de cada esfinge e penetrar em todos os santuários. Entre os antigos, o uso dessa chave não era permitido a não ser aos altos sacerdotes, e mesmo assim seu segredo estava reservado à nata dos iniciados... Agora essa era a chave em questão: um alfabeto hieroglífico e numérico, que expressava através de caracteres e números uma série de idéias universais e absolutas... A tétrade simbólica, representada nos Mistérios de Mênfis e Tebas pelas quatro formas da esfinge — homem, águia, leão e touro — correspondia aos quatro elementos do mundo antigo (água, ar, fogo e terra)... Agora esses quatro signos, com todas as suas analogias, explicam a palavra única oculta em todos os santuários... Além disso, a palavra sagrada não era pronunciada: era escrita e expressa em quatro palavras, que são as quatro palavras sagradas — Yod, He, Vau, He. O Tarô é uma máquina verdadeiramente filosófica, que impede que a mente vagueie, deixando, em compensação, que ela fique livre e com iniciativa: é a matemática aplicada ao Absoluto, a aliança do positivo com o ideal, uma loteria de pensamentos tão exatos como os números, talvez a concepção mais simples e grandiosa do gênio humano. Uma pessoa encarcerada, que não tivesse outro livro a não ser o Tarô, se soubesse como usá-lo, poderia. em poucos anos, adquirir um conhecimento universal e poderia falar de todos os assuntos com inigualável sabedoria e inesgotável eloquência."

Paul Christian, em sua História da magia, (Histoire de la magie du monde surnaturel et de la fatalité à travers les tempo et les peuples, de P. Christian, págs. 112-113 (Paris, Fume, Jouvet & Cie., editores) descreve (referindo-se a Jâmblico) o ritual de iniciação aos Mistérios Egípcios, em que quadros semelhantes aos 22 Arcanos do Tarô representavam um papel. "O iniciado vê uma extensa galeria, sustentada por cariátides na forma de vinte e quatro esfinges, doze de cada lado. Em cada trecho de parede entre duas esfinges há pinturas em afresco, representando figuras e símbolos místicos. Esses vinte e dois quadros estão de frente um para o outro aos pares.... Enquanto passa pelos vinte e dois quadros da galeria, o iniciado recebe instruções do sacerdote... Cada arcanum, que cada um desses quadros torna visível e tangível, é uma fórmula da lei da atividade humana em sua relação com as forças espirituais e materiais, cuja combinação produz os fenômenos da vida." A propósito disso, devo salientar que, no simbolismo egípcio acessível ao estudo, não há realmente qualquer vestígio das 22 cartas do Tarô. Desse modo, temos que aceitar em confiança a afirmação de Christian e admitir que, como ele diz, isso se refere às "criptas secretas no templo de Osíris", das quais não permaneceu absolutamente nenhum traço e com as quais esses monumentos egípcios que foram preservados têm pouco em comum. Podemos dizer o mesmo a respeito da Índia. Não há nenhum vestígio das 22 cartas do Tarô, isto é, do Arcano Maior, nas pinturas ou esculturas hindus.

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